Vinte e seis policiais militares serão julgados, a partir desta
segunda-feira (8), em São Paulo, pelo caso que ficou conhecido há mais
de 20 anos como o massacre do Carandiru. Os réus respondem em liberdade
pelos assassinatos de 15 dos 111 presos do Pavilhão 9 da Casa de
Detenção. O júri popular dos PMs deve ter início às 9h no Fórum da Barra
Funda, Zona Oeste da capital. A previsão é que a sentença seja
conhecida em até duas semanas devido à quantidade de réus e testemunhas
para serem ouvidas. No dia da matança dos
detentos, em 2 de outubro de 1992, grupos de elite da Polícia Militar,
armados com revólveres, pistolas, espingardas, submetralhadoras e
lançadores de granadas de gás, invadiram o presídio para conter uma
rebelião.
Cavalos e cães
também foram usados. Revólveres, barras de ferro, estiletes, marreta de
ferro e porções de droga teriam sido apreendidos pelos PMs com os
presidiários. O resultado da ação
policial, no entanto, foi trágico para os presos. Rastros de sangue pelo
chão levavam aos corpos deles, crivados de balas, principalmente nas
cabeças, troncos e braços. Amontados, como se quisessem se proteger,
eles permaneceram sem vida dentro das celas e corredores daqueles quatro
andares da unidade prisional.

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